A ascenção de governos conservadores no mundo todo significa um ataque cada vez maior aos direitos trabalhistas. Em um mundo onde o Estado tem cada vez menos poder frente às empresas transnacionais, como o movimento sindical encontra espaços parar avançar?
Essa foi a pergunta que norteou a abertura, nessa terça-feira (7), do segundo dia do evento “Desafios para a intervenção política e sindical: teoria e prática”, realizado em São Paulo.
O advogado Maximiliano Nagl Garcez lembrou de sua experiência como assessor parlamentar e criticou os movimentos sindicais que “não estão sabendo onde e como agir”.
“É preciso ter inteligência pra agir. Por exemplo, fazer mobilizações nas cidades onde os deputados tem mais votos pode ser mais efetivo do que levar muita gente até Brasília”, criticou
Você não avança se não reconhecer seus erros
O presidente da Comissão dos Direitos Humanos da OAB-RJ Marcelo Chalreo fez um panorama da situação do campo progressista brasileiro após o golpe contra a presidenta eleita Dilma Rousseff.
Para ele, a reconstrução das bases de um movimento sindical brasileiro “é tarefa de uma geração”.
“O impeachment aconteceu porque a base de apoio de Dilma ruiu com o tempo, devido às ações e omissões do governo com essa parcela da sociedade”, afirmou. Para ele, a esquerda brasileira “não vai avançar se não reconhecer seus erros”.