Conhecer o funcionamento dos poderes é fundamental ara organização da sociedade e para fazer avançar demandas dos sindicatos e movimentos sociais. Esse também foi um dos objetivos do curso Os desafios para a intervenção política e sindical: teoria e prática, que encerrou nesta quinta-feira (16), em Brasília. No último dia de atividades práticas opcionais, os sindicalistas, advogados e militantes visitaram o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).
No Congresso, os participantes do curso conheceram os salões e plenários do Senado Federal e Câmara dos Deputados, onde acontecia sessão plenária. Nesta ocasião, puderam acompanhar um discurso da deputada federal Érika Kokay (PT-DF), que denunciava retrocessos promovidos pelo governo ilegítimo de Michel Temer. Também na Câmara, tiveram a oportunidade de dialogar com as deputadas Luiza Erundina (PSOL-SP) e Maria do Rosário (PT-RS), duas aliadas dos trabalhadores contra a retirada de direitos.
No STF, acompanharam parte da sessão plenária. Na ocasião, estava sendo discutido pelo ministros recurso extraordinário sobre indenização por danos morais em decorrência de superlotação carcerária e de falta de condições mínimas de saúde e higiene do estabelecimento penal.
“Conhecer de perto as instituições, tanto as competências constitucionais, legais e regimentais, quanto o dia a dia do trabalho desenvolvido pelos três poderes é fundamental para sabermos escolher os instrumentos de luta à disposição e também o melhor momento para usar as armas que temos no combate à favor da democracia e na defesa dos direitos sociais”, avaliou a advogada Clara Lis Coelho, da Advocacia Garcez.
Na opinião do Coordenador Técnico do curso, o advogado Paulo Yamamoto, as atividades foram muito intensas. “Tivemos importantes trocas de experiências de sucessos na resistência praticada por diferentes movimentos sociais, o que nos fortaleceu e renovou nossas energias para seguir lutando com ainda mais força”, declarou.
Já o Coordenador Geral da Advocacia Garcez e do curso, Maximiliano Garcez, destacou que o evento nas três cidades (São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília) atingiu a meta de ser o mais propositivo e objetivo possível. “Participar das três edições de nosso curso foi uma injeção de ânimo para mim. E, pelas impressões que tive, também para os sindicalistas e ativistas que estavam ativamente presentes nas atividades”, destacou. “Em uma atmosfera informal e fraterna, os palestrantes brasileiros e estrangeiros compartilharam experiências bem-sucedidas de resistência contra os retrocessos neoliberais, bem como propostas concretas de medidas a serem adotadas. Todos aprendemos muito com os participantes, seja nos debates que se seguiram após cada palestra, seja nas ricas atividades de grupo”, acrescentou.
Max Garcez fez questão de reconhecer o empenho da equipe que trabalhou para viabilizar o curso. “O sucesso do evento só foi possível por conta da dedicação e companheirismo das equipes de nossas cinco unidades, mas em especial para três advogados da Advocacia Garcez fundamentais para o evento: os queridos companheiros Paulo Yamamoto, criativo coordenador científico do evento, Clara Coelho, responsável pelas diversas questões-chave para viabilizar o curso, e Felipe Vasconcellos, palestrante e também organizador. Agradeço muitíssimo a todos e todas da Advocacia Garcez e aos palestrantes brasileiros e estrangeiros”, declarou.
A mesma frase utilizada no encerramento do curso, de autoria da antropóloga cultural norte-americana Margaret Mead, foi destacada por Max Garcez como síntese do clima de esperança que marcou essas duas semanas de atividades: “Nunca duvide que um pequeno grupo de pessoas conscientes e engajadas possa mudar o mundo. De fato, sempre foi assim que o mundo mudou.”