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Vitória: Liminar determina que Casa da Moeda reduza jornada para pais de autistas

Uma liminar do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1) obriga a Casa da Moeda do Brasil (CMB) a reduzir a jornada de trabalho, sem prejuízo salarial e sem necessidade de compensação, para empregados com filhos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou outras neurodivergências.

A decisão é resultado de uma ação do Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Indústria Moedeira, com apoio da Advocacia Garcez.

O Desembargador José Mateus Alexandre Romano, ao conceder a liminar no Mandado de Segurança Cível, enfatizou que “cada dia de desenvolvimento de uma criança é importantíssimo e determinante para seu futuro”.

A medida garante a redução de jornada de:

  • 2 horas para jornadas de 6 horas;
  • 4 horas para jornadas de 8 horas;
  • 12 horas para jornadas 24×72.

Para ter acesso ao direito, o empregado deve comprovar junto à empresa o diagnóstico clínico do filho ou dependente, por meio de laudo médico ou psicológico, contendo CID (Classificação Internacional de Doenças) compatível com o TEA ou outra neurodivergência.

“Essa decisão mostra que quando o sindicato atua com seriedade e responsabilidade, o direito acontece na prática. Não é favor, é dever do Estado e da empresa garantir condições reais para que os trabalhadores cuidem de seus filhos com dignidade”, afirmou Roni da Silva Oliveira, presidente do sindicato.

A advogada Juliana Maria Gonçalves, da Advocacia Garcez, complementou: “A decisão reconhece que cuidar de um filho com autismo não é escolha: é necessidade. O Judiciário cumpriu seu papel ao garantir um direito urgente e fundamental”, finalizou.

SETEMBRO AZUL – 2023

 

Neste mês, são lembradas as lutas e conquistas da comunidade surda no Brasil e no mundo.

A escolha do mês de setembro é devida a várias datas que têm grande relevância para a história da educação dos surdos e para a própria comunidade:
6 a 11 de Setembro de 1880: Congresso de Milão. Este foi um momento lamentável para a comunidade. O congresso determinou a proibição do uso e ensino das Línguas de Sinais na educação dos surdos, dando preferência ao método oral.
9 de Setembro de 2009: Em 25 dos 26 estados brasileiros, aconteceu o Seminário Nacional em Defesa das Escolas Bilíngues para Surdos.
20 a 26 de Setembro: Semana Internacional dos Surdos.
23 de Setembro: Dia Internacional da Língua de Sinais
26 de Setembro: Dia Nacional do Surdo.
30 de Setembro: Dia Internacional do Surdo e Dia internacional do profissional tradutor e intérprete

A escolha da cor azul está diretamente relacionada com outro momento triste da humanidade. Em 1933, o governo nazista instituiu a chamada “Lei de Prevenção de Doenças Hereditárias”, que autorizava a esterilização compulsória de quem sofria de doenças hereditárias que pudessem acarretar sérias deficiências físicas ou mentais.
Para identificar as pessoas com alguma deficiência, os nazistas amarravam faixas azuis em seus braços. Dessa forma, a comunidade Surda escolheu o azul turquesa para representar e mostrar a superação e luta por trás do Ser Surdo e manter viva a memória daqueles que sofreram consequências desumanas apenas por existirem.
Marcado por ser um mês de luta, conscientização e divulgação da cultura e comunidade Surda, o Setembro Azul é uma data em que se celebra e comemora os grandes feitos da comunidade Surda até os dias de hoje.

Fonte: https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/a-historia-do-setembro-azul-ou-setembro-surdo/

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Dia Internacional da Igualdade Feminina

Dia Internacional da Igualdade Feminina

O Dia Internacional da Igualdade Feminina é comemorado no dia 26 de agosto, desde 1973. A data comemorativa foi criada com objetivo de celebrar a 19ª emenda constitucional dos Estados Unidos, de 1920, que garantiu o direito ao voto para as mulheres do país.

No Brasil, esse direito foi conquistado apenas em 1932, mas também comemoramos o Dia Internacional da Igualdade Feminina, como uma maneira de relembrar a luta da classe por seus direitos, e ressaltar o longo caminho que ainda há pela frente.

Mesmo com avanços significativos, mulheres enfrentam desigualdades, diariamente, nos mais diversos aspectos de suas vidas.

Na área acadêmica, por exemplo, de acordo com dados fornecidos pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), um número muito reduzido delas consegue bolsas de produtividade. Além disso, levam muito mais tempo para conquistar espaços de liderança e chegar ao topo da carreira.

No mercado de trabalho, a lógica, infelizmente, é a mesma. Mulheres, segundo os últimos dados do IBGE de 2022, ganham 22% a menos que seus colegas do gênero masculino, mesmo que a CLT proíba a diferenciação salarial em função de gênero.

Os dados revelam a importância de tal data para ressaltar a necessidade de continuar a luta de debates sobre o tema, em busca de uma sociedade mais igualitária.

Fontes:
https://www.cnnbrasil.com.br/economia/diferenca-salarial-entre-homens-e-mulheres-vai-a-22-diz-ibge/
https://www.tjdft.jus.br/acessibilidade/publicacoes/sementes-da-equidade/26-de-agosto-e-o-dia-internacional-da-igualdade-feminina
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2022/eleicoes-2022-periodo-eleitoral/dia-internacional-da-igualdade-feminina-aponta-para-avancos-e-desafios-ainda-existentes-na-participacao-de-mulheres-na-politica
https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/dia-internacional-da-igualdade-feminina-saiba-mais-sobre-a-data,b64770ca11f63bc7b7f78aaed3d7c5b6fhpj1zlt.html

CVM aprova proposta da B3 – Diversidade e Inclusão

CVM aprova proposta da B3 para medidas de diversidade em companhias abertas


A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou medidas propostas pela B3 para estimular a diversidade de gênero e a presença de grupos minorizados em cargos de alta liderança e o reporte de boas práticas ambientais, sociais e de governança pelas companhias listadas na Bolsa: a ação propõe que as companhias brasileiras listadas em Bolsa devem eleger ao menos uma mulher e um integrante de grupo com marcador social (pessoas pretas, pardas ou indígenas, integrantes da comunidade LGBTQIAPN+ ou pessoas com deficiência) para seu conselho de administração ou diretoria estatutária em até dois anos.

Para a alta liderança, as companhias terão até 2025 para comprovar a eleição do primeiro membro – ou apresentar justificativas para a não adoção da prática – e 2026 para o segundo membro. O texto também prevê a inclusão de indicadores de desempenho ligados a temas ou metas ESG.

No entanto, a não adoção das medidas –incluindo as práticas de diversidade–, desde que justificadas, não implicam em descumprimento do Anexo ASG e aplicação de sanção às companhias, que seguem com a prerrogativa de adotá-las ou não. No entanto, de acordo com o modelo “pratique ou explique”, deverão ser reportadas as justificativas para o não atendimento, de forma transparente para o mercado e a sociedade.

Fontes:
https://legislacaoemercados.capitalaberto.com.br/cvm-aprova-proposta-da-b3-para-medidas-de-diversidade-em-companhias-abertas/
https://www.meioemensagem.com.br/womentowatch/b3-aprova-medidas-para-aumentar-diversidade-em-diretoria-de-empresas-listadas